Proposta do Bloco de Esquerda “é um enorme retrocesso” para a construção da nova cadeia de São Miguel

PS Açores - 17 de janeiro, 2020
O Grupo Parlamentar do PS/Açores rejeitou a proposta do Bloco de Esquerda sobre a nova cadeia de São Miguel, considerando que “é um enorme retrocesso” no processo em curso: “Isso não é uma forma de resolver o problema. A situação é grave, a situação é urgente, e por isso é que o Partido Socialista quer que, este processo, se resolva o mais rapidamente possível. Nós não queremos adiar uma solução, nós queremos acabar com o sofrimento que os reclusos têm no atual estabelecimento prisional”. Durante o debate em plenário, José San-Bento destacou todo o trabalho que já foi feito, quer em termos de estudos, pela Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, quer com o projeto da Faculdade de Arquitetura de Lisboa – “pessoas que sabem o que é que estão a fazer, pessoas que sabem o que é que estão a tratar”. O deputado do Grupo Parlamentar do PS/Açores realçou a complexidade de todo o processo e apelou à responsabilidade dos outros partidos: “O que é preciso que todos percebam é que não há uma solução ideal disponível, há uma solução possível, há uma solução de compromisso”. José San-Bento acusou alguns partidos de fazerem demagogia em torno dessa questão: “Os senhores acham que os deputados do Partido Socialista não se questionaram sobre essa solução? Acham que este Grupo Parlamentar não se preocupou em saber porque é que a solução era esta? Claro que nós nos preocupamos com isso. Claro que nós procuramos saber o que é que se estava a passar? Tivemos sempre preocupação com esse assunto”. Para o PS/Açores a prioridade, e o compromisso, é “resolver o problema” que se arrasta há quatro décadas e que, agora, com o Governo de António Costa, teve avanço: “Finalmente um Governo da República deu início ao processo de construção. Nunca nenhum Governo da República tinha tido a capacidade para avançar com esta obra sempre tão solicitada. Isto para nós significa que não foi nenhuma falha de nenhum governo em particular. Foi um falhanço do Estado. Foi o Estado que não teve capacidade de resolver esse problema”.